quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Logando

Tenho experimentado o programa STARLOGO citado em "Emergência - a dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares".
No livro de Steven Johnson ele cita tal programa criado pelo MIT como meio de experimentar e simular realidades complexas emergentes. [seriam todas as Emergências complexas?]
Mais informações sobre o livro, podem ser acessadas daqui. Sobre Steven Johnson, aqui.

Ok, vamos lá. Minha preocupação tem se resumido a estudar este programa, o STARLOGO para poder produzir alguma simulação emergente onde os seres, neste caso "turtles", interajam uns com os outros e produzam a emergência de uma nova ordem, de acordo com Johnson.
Para tanto eu estou estudando os tutoriais sobre o programa e até agora fiz uma simulação sobre predadores e presas.


Nesta simulação os pontos pretos são os predadores e os brancos as presas.
O fundo vermelho/laranja é apenas o background pra a simulação.
Programei as "turtles",objetos, seres (ou qualquer outro nome que queira dar aos quadradinhos pretos e brancos) com a seguintes ordens:
>Criar elementos
>Rotacionar um angulo aleatorio (entre 0 e 360) e movimentar 300 (pixels).

Assim os 600 elementos, se espalhariam no ecrã, ou área da simulação.
Depois disso eu ativo o sistema que vai se comportar da seguinte forma:
Cada elemento:
>Rotaciona um ângulo entre 0 e 360 aleatório
>Move 5 pixels para a frente.

A cada instante, após o movimento, que uma presa estiver ocupando o mesmo espaço que um predador, o comando DIE é ativado.
Que, escrito no STARLOGO fica assim:

if breed = presas [if count-predadores-here > 0 [die]]

Ou seja, se a presa estiver no espaço do predador, ela morre.

Assim, após alguns segundos todo o campo é tomado pela ausência de presas. Todas morreram.
E assim o sistema conclui a simulação.

Bom...
"Em uma das respostas, Johnson disse que 'um garoto de 12 anos jogando Civilization IV está repassando a história, e a interface do jogo atrai a criança, que se diverte, muito mais do que uma aula tradicional'. " fonte
Disso eu tiro que uma provável resposta para a questão sobre como estes conceitos trariam contribuição para o pensamento seria em promover a interação do usuãrio no sistema. O exemplo do garoto em Civilization IV expõe como a mobilidade do sistema permite contato com o usário. Um método comum, tradicional de ensino de história é em expor os fatos para o aluno que, por sua vez, deve decorá-los e apresentar tal "conhecimento" em uma prova de avaliação. Outra seria a permissão de experimentação da história. Um César ficaria muito mais próximo do aluno em Age of Empires do que no livro de História Antiga. A interatividade seduz.

É nesse sentido que o MIT criou o STARLOGO. Seduzindo as crianças (!) a usar a linguagem LOGO como representação e experimentação da realidade em que vivem.
Bom... minhas pesquisas levaram a buscar um novo programa, o NETLOGO.
Pelo que li, este programa é mais avançado e permitiria coisas que nenhum STARLOGO jamais viu. (estilo Jornadas nas Estrelas... rs)
Ainda estou estudando o STARLOGO 1.0 e o STARLOGO TNG (3d) antes de procurar sobre o NETLOGO.
Mas como a vida, o universo e tudo mais são uma rede, meus estudos também o são e logo logo estarei observando o NET para ver como se mostra diferente. Pode ser que eu pare de estudar o Star e entre no Net.
Afinal, o mundo é dos Nets.

2 comentários:

Pedro disse...

esse netlogo emplacou na área de modelagem de ambientes, simulação de fenômenos sociais e naturais...interessante.

Pedro disse...

por que suas presas não fogem dos predadores ?